Nos últimos cinco anos, exportações das empresas associadas ao BHD cresceram mais do que média nacional

Entre 2018 e 2022, marcas participantes do projeto ampliaram em 12,83% suas vendas externas, enquanto a média de crescimento das exportações nacionais no período ficou abaixo de 3%

Os resultados dos últimos cinco anos do Brazilian Health Devices (BHD), projeto setorial da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (ABIMO) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), validam a importância do projeto para a internacionalização da indústria brasileira da saúde. Entre 2018 e 2022, enquanto as marcas apoiadas cresceram em 12,83% suas vendas externas, a média nacional de aumento das exportações foi de 2,14%.

Durante este período, as empresas do BHD exportaram US$ 584 milhões, o que representa 14,32% de todos os dispositivos médicos exportados pelo país. “O Brazilian Health Devices está há duas décadas impulsionando a internacionalização da indústria brasileira e os resultados desses últimos cinco anos nos mostram que estamos no caminho certo”, comenta Larissa Gomes, gerente de projetos e marketing internacional da ABIMO.

A executiva reforça que a evolução é nítida. “Antigamente, muitos países não enxergavam nosso bom desempenho na fabricação de produtos para a saúde. Todo o esforço para mostrar, ao mundo, que somos uma potência no setor, que trabalhamos com tecnologia de ponta e que temos capacidade de competir de igual para igual com as grandes economias mundiais está gerando bons resultados”, completa.

Principais países consumidores

Os Estados Unidos são os principais compradores globais do portfólio médico brasileiro, tendo adquirido, nos últimos cinco anos, mais de US$ 1 bilhão das fabricantes nacionais. Dentro do projeto, o país também se destaca como o principal comprador: no período, as empresas associadas ao BHD exportaram US$ 60 milhões para os norte-americanos.

Importante enfatizar que o continente americano, como um todo, tem boa relação comercial com o Brasil, sendo responsável, nos anos analisados, por 61,28% de todos os contratos externos das indústrias associadas ao projeto BHD. Destacam-se também a Ásia, que representou 16,84% e Europa, 14,30%.

Mercados-Alvo

O Brazilian Health Devices é renovado a cada biênio e, a cada renovação, é elaborada uma nova estratégia onde são apontados os mercados-alvos para aquele período. O time responsável pela condução do projeto identifica regiões com boas oportunidades comerciais para a indústria brasileira de dispositivos médicos e planeja ações diversas para levar a produção nacional para esses mercados.

“Essa definição é fundamental para o sucesso do BHD e, nos últimos cinco anos, conseguimos crescer em 33,43% as exportações das empresas associadas para estes mercados considerados prioritários, e em que realizamos ações”, explica Larissa.

Como exemplo, pode-se destacar a presença brasileira no mercado de saúde africano, trabalhado durante as últimas edições do convênio. “De 2018 para cá, 46,63% dos dispositivos médicos exportados pelo Brasil para a África foram de empresas associadas ao BHD, ou seja, aproximadamente metade do valor é referente às operações das fabricantes participantes do projeto”, diz a executiva.

Publicado em 28/03/2023

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