No encontro repleto de grandes nomes nacionais e internacionais, Complexo Industrial da Saúde foi apontado como estratégico e inovador
Com forte presença nos debates sobre a reindustrialização do país, a ABIMO – Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos, esteve no Seminário Estratégias de Desenvolvimento Sustentável para o Século XXI, realizado pelo BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social no Rio de Janeiro (RJ) dias 20 e 21 de março. Quem representou a entidade no encontro foi Márcio Bósio, diretor de relações institucionais.
Com grandes nomes como Geraldo Alckmin, vice-presidente da República; Aloizio Mercadante e José Luis Gordon, respectivamente presidente e diretor de desenvolvimento produtivo, comércio exterior e inovação do BNDES; Josué Gomes da Silva, presidente da FIESP; além de figuras marcantes como o prêmio Nobel de Economia, Joseph Stiglitz, a programação buscou debater políticas públicas para a superação de crise no mundo.
“O evento destacou a retomada da indústria no país como ponto fundamental e enfatizou que o Complexo Industrial da Saúde, além de ser estratégico para o desenvolvimento do Brasil, é um setor com capacidade de agregar inovação, gerar riqueza e qualidade de vida para as pessoas, para isso, é necessário o Banco reduzir as taxas de juros”, comenta Bósio.
De fato, ao falar na abertura, Mercadante declarou que o cenário internacional conta com três grandes tendências: resiliência das cadeias industriais de valor no pós-pandemia, revolução tecnológica, inclusive representada também pelo complexo da saúde, e emergência climática. “Precisamos rever o custo de financiamento. Não haverá futuro no mundo sem o Brasil”, declarou. Alckmin também apresentou uma perspectiva positiva para o desenvolvimento do setor ao lembrar da necessidade de ampliar mercados, melhorar as bases para expandir as exportações, desenvolver a indústria e gerar emprego e renda qualificada no país.
Já segundo Stiglitz, vencedor do Nobel de Economia em 2001, os EUA entraram em consenso sobre a necessidade e uma política industrial que faça frente à demanda de estabelecer o desenvolvimento da manufatura, cenário que se reproduz também no território brasileiro.
Reforma tributária
A Reforma Tributária – assunto de interesse do setor de saúde – também foi abordada. Na ocasião, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, destacou que a reforma pode desencadear um “choque de produtividade” no país. Na sequência, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, disse que o Governo está trabalhando em iniciativas para melhoria do ambiente de crédito, criação de um novo marco fiscal e aumento dos investimentos públicos em infraestrutura.
Publicado em 23/03/2023
