ABIMO atua pela reindustrialização do país e pela criação de mecanismos de fortalecimento da cadeia produtiva

Pandemia de covid-19 reforçou a importância de o país ter uma indústria de saúde forte; investindo em crescimento, fabricantes mostraram potencial inclusive para internacionalização

A necessidade de o Brasil investir na indústria, fortalecendo a capacidade produtiva, tornou-se ainda mais notória nos últimos anos, quando foi percebida uma certa fragilidade na cadeia de suprimentos por conta do aumento repentino da demanda diante da pandemia de covid-19. Desde então, a ABIMO – Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos, que há décadas atua para garantir mais força e sustentabilidade ao setor, vem trabalhando com ainda mais afinco para este desenvolvimento.

A atuação mais incisiva foi impulsionada pela apresentação, no final de 2022, de uma proposta de Política Industrial ao novo governo. O documento, redigido em parceria com a ABIMED (Associação Brasileira da Indústria de Tecnologia para Saúde) e a ABRAIDI (Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde), aponta diretrizes para que a indústria brasileira de saúde seja elevada a um patamar global. Com isso, além de garantir o atendimento à população brasileira mesmo em cenários desafiadores, há uma ampla possibilidade de crescimento externo.

“É importante destacarmos que, durante a pandemia, a nossa indústria mostrou todo seu potencial. Somos um setor estratégico para o país. Além de responsáveis por garantir o atendimento a todos os brasileiros tanto na saúde pública quanto na suplementar, somos geradores de emprego e fonte de inovação”, comenta Paulo Henrique Fraccaro, superintendente da ABIMO.

Ao assumir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) no início do ano, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, ressaltou o fortalecimento da cadeia industrial brasileira como uma das principais missões da pasta, mostrando que os objetivos governamentais estão alinhados com a expectativa do setor. Na ocasião, o executivo declarou que “a reindustrialização é essencial para a retomada do desenvolvimento sustentável”.

Esse alinhamento entre o que esperam as entidades do setor e o que propõe o governo é importante para a criação de mecanismos diversos que, de fato, fortaleçam a indústria. Além da manutenção das linhas de financiamento e crédito já existentes e da criação de novas possibilidades; o impulsionamento do setor também carece de ações diversas e que envolvem, por exemplo, uma reforma tributária justa e que compreenda que saúde é um setor essencial e que precisa ser tratado com individualidade.

De acordo com o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da reforma tributária na Câmara dos Deputados, o tema deve ser aprovado no Congresso Nacional até o final do primeiro semestre deste ano. Trabalhando o assunto junto aos principais líderes do setor, a ABIMO inclusive realizará, em 28 de março, um webinar para suas associadas, focado em apresentar os impactos desta reforma no complexo industrial da saúde.

“São diversas as estratégias adotadas por um país que fortalece sua indústria interna e esperamos conquistar ferramentas e mecanismos que nos ajudem a garantir, às nossas fabricantes de dispositivos médicos, um ambiente honesto, estável e com segurança financeira e jurídica para o crescimento sustentável”, finaliza Fraccaro.

Publicado em 03/03/2023

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