Exportações de dispositivos médicos crescem 6,8% em 2025, apesar do impacto do tarifaço dos EUA

Diversificação de mercados na América Latina e Europa garante avanços, reforçando a resiliência da indústria e o potencial da #saudefeitanobrasil

A indústria brasileira de dispositivos médicos registrou, entre janeiro e agosto de 2025, exportações de US$ 761,69 milhões, um crescimento de 6,83% em relação ao mesmo período do ano anterior. Somente em agosto, as vendas ao exterior somaram US$ 93,43 milhões, resultado 15,44% superior ao de agosto de 2024, consolidando o protagonismo da #saudefeitanobrasil no mercado internacional.

O segmento médico-hospitalar manteve-se como o mais representativo, com 64,49% do total exportado, seguido por odontologia (12,56%), reabilitação (11,89%) e laboratório (11,05%). Todos os segmentos apresentaram evolução nas exportações em 2025, com destaque para reabilitação, que cresceu 26,64%. Entre os produtos mais vendidos estão categutes esterilizados, válvulas cardíacas, aparelhos ortopédicos, sacos e bolsas plásticas para uso médico e instrumentos odontológicos.

Apesar dos bons resultados, o setor ainda enfrenta desafios. Os Estados Unidos seguem como principal destino das exportações brasileiras, mas a aplicação de tarifas adicionais de 40% pelo governo norte-americano, elevando para 50% o imposto total sobre produtos brasileiros, impactou significativamente as vendas. Em agosto, as exportações para os EUA caíram 30% em relação a julho, especialmente em verticais como odontologia (-93,09%) e reabilitação (-85,02%).

Ainda assim, a resiliência da indústria ficou evidente. As empresas buscaram novos mercados e ampliaram suas vendas para outros parceiros comerciais. Em agosto, cresceram expressivamente as exportações para países como Espanha (+632,59%), França (+238,77%), Suíça (+130,72%), Bolívia (+56,18%) e México (+28,34%). As vendas para a Europa, de forma geral, aumentaram 44,51% no período, reforçando a capacidade de adaptação das fabricantes brasileiras diante do cenário adverso.

 

Balança comercial

Entre janeiro e agosto deste ano, as importações de dispositivos médicos totalizaram US$ 7,23 bilhões, crescimento de 8,37% em relação ao mesmo período 2024, mantendo o déficit histórico na balança comercial. Ainda assim, a expansão das exportações e a diversificação dos mercados demonstram que a indústria nacional segue em trajetória positiva, investindo em tecnologia, inovação e competitividade para fortalecer o Complexo Econômico e Industrial da Saúde. Tanto que, no comparativo entre agosto de 2025 e agosto de 2024, nota-se queda de 11,02% nas importações.

Hoje, os principais dispositivos médicos importados pelo Brasil são insumos químicos para uso em laboratório, reagentes de diagnóstico de laboratório, instrumentos e aparelhos para medicina, e sondas catéteres e cânulas. Nota-se, então, que o segmento de laboratório é o mais representativo no volume de importação (50,78%), seguindo pelo segmento médico-hospitalar (39,59%), reabilitação (6,38%) e odontologia (3,25%).

Importante lembrar que essas importações continuam vindo prioritariamente dos Estados Unidos, mesmo que fornecedores de países como China, Japão, França e Reino Unido tenham ganhado relevância.

Publicado em 11/09/2025

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