Fabricantes brasileiras podem atender a 80% da demanda por dispositivos do Novo PAC da Saúde

De acordo com pesquisa conduzida pela ABIMO, a indústria nacional está preparada para fornecer quase 530 tipos de equipamentos e produtos de saúde

O Novo PAC da Saúde, anunciado no ano passado, destinará R$ 31,5 bilhões ao setor até 2026, com foco na expansão da assistência pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas áreas de atenção primária, especializada e de emergências. O programa também impulsionará a indústria nacional, com ênfase em melhorias na telessaúde e na infraestrutura de saúde pública.

Com o objetivo de garantir a universalização de serviços essenciais, uma parte expressiva desse investimento será direcionada à resolução de problemas históricos, como a escassez de infraestrutura e os vazios assistenciais que afetam a população. A construção desses novos serviços aumentará consideravelmente a demanda por dispositivos médicos.

Diante desse cenário, a ABIMO – Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos – foi solicitada pela Casa Civil e pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) para realizar uma pesquisa junto às empresas associadas a fim de identificar quais demandas de dispositivos nas áreas médico-hospitalar, odontologia, reabilitação e laboratório poderiam ser supridas pela produção nacional.

O resultado foi significativo: as fabricantes brasileiras têm capacidade de fornecer, com produção nacional, 80% da lista enviada pelo MDIC garantindo a quantidade solicitada para a estruturação desses novos serviços. Esse dado está alinhado à segunda missão do programa Nova Indústria Brasil (NIB), que estabelece que, até 2033, 70% das necessidades do país em medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos sejam atendidas pela produção interna.

Com essa informação, o MDIC solicitou à ABIMO detalhes adicionais sobre as fabricantes, como inscrição no FINAME, participação na Lei de Informática e a descrição técnica dos dispositivos médicos identificados.

Entre as obras previstas pelo governo até 2026 estão Unidades Básicas de Saúde, novos hospitais, maternidades, policlínicas, Centros Especializados em Reabilitação (CER), Oficinas Ortopédicas e Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Além disso, o programa prevê a universalização do SAMU, com a aquisição de 850 novas ambulâncias e a criação de 10 centrais de regulação, garantindo a cobertura de 97% da população brasileira.

 

Publicado em 12/09/2024

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