Debate que contou com a participação de representantes da indústria, das operadoras de saúde e de hospitais, debateu alternativas para tornar a saúde privada mais acessível
Franco Pallamolla, vice-presidente de Relações Institucionais da ABIMO, representou a entidade no painel “A atuação das operadoras de planos de saúde e da indústria para a sustentabilidade do setor”, realizado durante a edição do Conahp (Congresso Nacional de Hospitais Privados). O evento foi realizado nos dias 18 e 19 de outubro em São Paulo, no Transamérica Expocenter, e reuniu executivos dos principais centros hospitalares do país e da saúde privada como um todo. Realizado pela Anahp (Associação Nacional dos Hospitais Privados), o congresso é uma referência para o setor e a ABIMO é patrocinadora premium do evento. O painel com participação de Pallamolla foi realizado no dia 18, no palco estratégico “O Papel do Médico”.
“Precisamos de uma visão sistêmica da saúde. Temos vários ecossistemas existindo, o que não traz um uso racional dos recursos disponíveis”, destacou o executivo em sua apresentação. Além de Pallamolla, também participaram do debate Filipe Milano, diretor de Marketing da Medtronic; Ricardo Cohen, médico do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz; Anderson Mendes, presidente da Unidas; Fernando Silveira, CEO da ABIMED; Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma; e Paulo Nigro, CEO do Hospital Sírio-Libanês.
Responsável por introduzir os desafios para a sustentabilidade da saúde privada, Ricardo Cohen apresentou a atuação e a maneira inovadora que o Hospital Alemão Oswaldo Cruz trata pacientes com obesidade que necessitam de cirurgia bariátrica. A partir do case, o palestrante explicou como é possível implementar novos modelos de cuidados e de remuneração no tratamento de pacientes com doenças crônicas que foquem mais na remuneração por desfecho clínico em substituição ao modelo descentralizado que prioriza a realização de procedimentos.
Pallamolla destacou a importância da indústria que, ao investir em novas tecnologias, ajuda na contenção dos custos crescentes em saúde, que estão cada vez mais caros para as fontes pagadoras. Mas, para o vice-presidente da ABIMO, o maior desafio ainda mora no engajamento do paciente. “A parte mais complexa é fazer a população entender e se engajar na criação de novos modelos de pagamento. Há anos falamos das dificuldades de financiamento e na necessidade de uma transição de modelo. Precisamos começar a fazer essa mudança efetivamente”, finalizou.
Publicado em 19/10/2023